POEMA DE NATAL

21 dezembro 2008 |


PAI, FELIZ NATAL!

Tantos anos já se passaram
Que nem sei quantos
Mas a dor da saudade,
Esta nunca passa
Pai, você... Perdão... O senhor, nunca passará
E enquanto um sopro de vida
Em mim houver, tua presença
Será uma constância em meu existir!
Esta tua filha saudosa, pai,
Ainda chora quando pensa no quanto fomos amigos
Quando lembra do senhor
A fazer brincadeiras ou
Aconselhando, corrigindo com amor, mas severo...
Pai, é estranho saber que não
Estás mais aqui quando tudo
Me diz que o senhor não partiu;
Que o triste e decisivo adeus
Aqui na terra, nunca existiu...
Pai amado, venero com ardor
Tua memória, guardo dentro
Do meu peito tuas belas lições
De amor, humildade, perseverança e crença no “porvir” que vindo
Já não mais te encontrou...
Só a mim; agora, mais desiludida, sofrida, saudosa e chorosa
Sem esperança; (esta também já se foi de caridosa)...
Pai, está chegando o Natal...
Mais um sem o senhor que tão bem sabia reproduzir esta data para nós...
Pai, está doendo tanto, tanto que com os olhos
Marejados e o coração partido
Nem consigo ler o que escrevo.
Uma grande névoa povoa o meu rosto já cansado;
É mais um Natal sem o senhor ao meu lado
O senhor está com Deus, que de ti precisou;
Festejam juntos contigo outros pais agora, e eu aqui, sozinha
Com ninguém posso festejar...
Porém, mesmo triste, reconheço minha mesquinhez, queria tê-lo ainda comigo!
Viver sem a quem se ama é um grande castigo...
Pai, ainda nos encontraremos uma vez e, quando isto acontecer, que felicidade e alegria!
Festejaremos, então, juntos o Natal de Jesus
Que renascendo, nos traz também
Nova vida; então, tudo que hoje sinto
Será lembrança banal; e eu lhe direi
Sorrindo feliz:
__ Pai, Feliz Natal!

Jerandianna Figueiredo
Poetisa

Foto: Edson Soares

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