ROSAMI FEZ HISTÓRIA EM RIO BONITO

23 junho 2009 |

 Rosami2 Quem mora em Rio Bonito, interior do Rio de Janeiro, e não se lembra da “Rosami”? Uma moça loira, muito simpática, que animava eventos em diversas partes da cidade nos anos 90, com uma programação bem similar à da Xuxa... Sinceramente, não dá para esquecer. Num município onde a perspectiva cultural sempre foi tão fraca, a professora Rosane Bezerra, hoje com 47 anos, com seu jeito carismático de conduzir a garotada, marcou a vida de muita gente através de suas atividades em escolas e em eventos culturais. “A idéia surgiu na festa de aniversário dos meus filhos, onde organizei junto com a minha cunhada o Show da Xuxa, foi um sucesso!”, destaca. “Em princípio, faríamos apenas o show em festa de aniversário, mas devido a grande repercussão que teve na época, foram surgindo convites para apresentações públicas em diversos tipos de eventos no município de Rio Bonito e também em outros”.

Depois de tantos anos, o “Cultura Viva” traz, do fundo do baú, “Rosami e sua Turma” numa entrevista exclusiva. Com essa atitude, presta uma homengem singela à essa profissional de valor!

 

CULTURA VIVA: Seu nome artístico era “Rosami”. Por que a escolha?

ROSANE BEZERRA: Na época, eu e minha cunhada éramos sócias, queríamos iniciar o nosso trabalho com um nome diferente, mas que tivesse relação com o nosso, juntamos os nossos nomes, Rosa de Rosane e Mi de Miriam, ROSAMI.

 

C.V.: Havia um produtor ou diretor que organizava sua equipe de trabalho (paquitas, paquitos, técnicos de som, etc.)? Era você mesma que montava a programação do show? Quais eram os critérios principais na época?

R.B.: Não. Eu montava as programações, mas depois junto com todos do grupo reavaliava o show. Nossos critérios principais eram a coreografia, o figurino, a postura, a estética e o respeito entre todos do grupo, se estendendo para o público que nos acompanhava e os nossos patrocinadores que sempre acreditaram na seriedade do nosso trabalho.

 

C.V.: O que sua profissão de professora contribuiu para bom êxito do trabalho?

R.B.: Em nada, pois naquela época eu ainda não exercia essa profissão.

 

C.V.: De tudo o que viveu, o que nunca mais conseguiu esquecer? Sente saudades daquela época?

R.B.: Da alegria e da empolgação do meu grupo, e das crianças que me acompanhavam porque é gratificante sentir que as pessoas estão felizes, mesmo que for só por alguns momentos. Claro que sinto saudades, pois foi uma época de sonhos e fantasias, mas agora estou em outra fase da minha vida, mais real, e posso dizer com toda confiança que Deus sempre tem algo de bom para mim. Sou muito feliz agora também.  

 

C.V.: Você chegou a comandar um programa da Rosami na Rádio Contemporânia (uma emissora local), na ocasião. Como foi a experiência?

R.B.: Foi uma experiência muito boa, pois ajudou a promover meu trabalho na época. Não lembro do nome do programa e nem do nome da pessoa que dirigia o programa, mas na própria rádio tem um arquivo possivelmente. O programa sempre iniciava, com uma historinha que falava sobre uma “Rosa” e uma gatinha chamada “Mi”, depois tinha contação de histórias, músicas, entrevistas, etc.

 

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C.V.: Hoje, atuando apenas como professora, o que difere do suposto “estrelismo”?

R.B.: Agora como professora, o meu cotidiano é mais calmo, e as pessoas me olham normalmente, diferente daquela época, pois os fãs demonstravam curiosidade e queriam saber tudo sobre mim e meu grupo; alguns queriam até mesmo fazer parte daquele mundo mágico. Hoje atuo como professora do município de Rio Bonito, leciono na E. M. Serra do Sambê, atuando na 1º série. Como professora do Estado, leciono no C. E. Desembargador José Augusto Coelho da Rocha Júnior, atuando na 1ª e 2ª séries do Ensino Médio, no curso de Formação Geral. E, ainda, no C.E. Antônio Lopes de Campos Filho, atuo com a 6º Fase do Eja (Educação para Jovens e Adultos) e com a 1ª série do Ensino Médio, Formação Geral.

 

C.V.: Em suas aulas, você utiliza um pouco da “Rosami”?

R.B.: Claro que sim, pois é um dom artístico, está na alma. Organizo com os alunos coreografias, peças teatrais, etc.

 

C.V.: Que recado você deixa para seu público?

R.B.: Espero que as pessoas tenham Jesus em seus corações para que a Sua Mensagem de Amor e Paz seja espalhada através de gestos concretos de partilha e caridade. E não se esqueçam de sempre fazer uma boa leitura, pois para termos conhecimento, precisamos buscá-los nos livros. Tenha uma boa leitura: a Bíblia, “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, “Primaveras”, de Casimiro de Abreu e “Coleção”, de Monteiro Lobato.

 

***Nas fotos em destaque, a professora Rosane Bezerra com a Turma da Rosami e hoje preparando suas aulas

2 comentários:

Anônimo disse...

Tempos bons, nos divertimos com brincadeiras e danças da época.

Anônimo disse...

Adorava os trabalhos infantis realizados por esse grupo 😁