E A HORA DA DECISÃO?

28 novembro 2010 |


Está cada vez mais difícil tomar decisões. Tudo vai muito bem quando as respostas dependem de outrem, mas quando é a sua vez, a situação ‘muda de figura’. Não sabe como proceder, prefere adiar o que já estava agendado, a garganta seca, enfim, é melhor correr do que encarar. Até porque nunca se sabe como vai ser a receptividade. Quanta preocupação!

Escolher as palavras certas para não ferir ninguém e, sim, resolver o problema, pode ser um trabalho cansativo, mas garante um futuro promissor. Se o caso merece resolução, por que continuar sofrendo, escondendo, omitindo? O dom da fala é maravilhoso, só precisa de um pouco de sabedoria para atuar com base no que de fato tem que explícito.

No uso da fala, a dosagem também é muito importante. Falar demais, enfada; falar de menos, falta informação. Objetividade demais pode ser lucrativo para o orador. Já pensou se os expectadores aguardam mais dados, mais notícias e bastante esclarecimentos? Exige mais do que se possa imaginar. Ainda mais quando existem hipóteses formuladas e boatos fortíssimos (‘o povo aumenta, mas não inventa...’). Por isso, o que for explanado precisa ter atenção especial.

Claro que a oratória não é dom de todos, mas há momentos na vida em que cada um, independentemente, se vê em becos escuros, labirintos e depois de sofrer o deserto, se encontra num julgamento, onde tem que responder perguntas de pessoas que se passam por juízes acompanhados por um auditório, esperando a voz do réu. Se este não corresponder, que atitude tomar? Há outra saída?

Por diversas vezes, nessas horas, a mentira se faz presente, a representação entra em cena, tornando o anônimo em um ‘ator’ completo, que chora, rir e até transpira (só que é devido ao nervoso, mas ninguém vai adivinhar, está tão perfeito...). Acontece que ‘a mentira tem pernas curtas’ e podem trazer tristes conseqüências para o falante. Mediante a isso, o mais indicado, então, é falar a verdade (contar a sua versão do ocorrido sem rodeios ou ‘floriações’. Nada além do que viu, ouviu ou percebeu, por favor. A sua sinceridade vai levar ao fim a situação chata e, embora, em princípio possa sofrer pressões, calúnias e se tornar vítima de falatórios, não desanime. Continue. Esse vento também vai passar. Daqui a pouco todos vão se acostumar, aliás, compreenderão melhor com o passar do tempo. Ele (o tempo) é um velho amigo que tem o ‘dom do convencimento’ e faz qualquer ser humano aprender, respeitar e entender a situação do outro porque permite experiências, ao longo da caminhada, que fazem surgir pedras, espinhos, momentos semelhantes ao que você passou ou, às vezes, até piores. Isso instrui, amadure e prova que ‘ninguém é de ferro’ ou está livre de ser injustiçado pelos combates deste mundo.

Quando estiver tudo correndo bem, lembre-se do momento da decisão. Foi terrível ter que confessar, mas também trouxe peso de tranqüilidade para seu momento atual. Nesse estágio de serenidade, conquistas, principalmente, de fazer, com seu suor, as pessoas respeitarem seus posicionamentos, vai se sentir mais realizado, compreensivo com as questões alheias, conselheiro com os que enfrentam circunstâncias difíceis e pronto para estender a ‘mão amiga’ aos que, na hora do sufoco, gritarem por auxílio.

Nunca hesite em tomar decisões, seja firme em seus propósitos, acredite nos seus sonhos. Por certo, eles terão espaço para serem realizados quando você se dispor a confiar mais em si mesmo. Espalhe esta semente.

Foto: Arquivo pessoal de Edson Soares

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