A PSICOLOGIA POR WILSON MONTIEL

07 outubro 2011 |

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Questões de relacionamentos, sentimentos de ciúmes e possesão que prejudicam a convivência de um casal. Estes e outros assuntos o psicólogo Wilson Montiel trata com vasta experiência. Recentemente, participou de alguns programas de TV, como “Manhã Gazeta” com Claudete Troiano e Jornal do SBT, onde trouxe esclarecimentos de grande importância para a família brasileira.

 

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Hoje, ele deu entrevista exclusiva para o CULTURA VIVA. Confira!

CULTURA VIVA: Com o Passar dos anos o ser humano mudou o comportamento ou suas atitudes ainda são as mesmas, apesar de toda evolução do mundo atual?

W.M.: Pergunta interessante, aborda dois aspectos principais. O primeiro é sobre a natureza instintiva passional do homem. Este é um animal assim como os macacos, os bonunus, os chipanzés e se inseriu no contexto civilizado na sociedade através da regra e do conhecimento do certo, do errado, do que nós construímos como moral, civilização e sociedade. Teremos, dentro dessa sociedade, um segundo aspecto, que é o seguinte: o homem transforma a sua época e o local de sua estada; o que eu quero dizer é que o homem, na Inglaterra, é diferente do homem em São Paulo, por exemplo, ou no Rio de Janeiro. São valores significados e sua importância é uma forma de lidar com o sexo e culturas diferentes. Assim também, no quesito do tempo, o homem em 1920 teria um tipo de valor diferente do valor do homem de 2010. O valor do homem de 1920, digamos no Brasil, por exemplo, país latino ocidental é patriarcal, machista. Esse país, nessa época (1920) era muito austero; já em 2010 as mulheres tem espaço no mercado, muitos valores foram flexibilizados, o homem pode desfazer o matrimonio: não é mais tão incomum nem pecado, não que seja natural, mas os valores mudam também com o tempo. Para concluir, podemos levar em conta que a evolução, no sentido de crescimento e de desenvolvimento não é, necessariamente, o que acontece entre a civilização. É a adaptação o homem à sua época, a seu momento, por conta de uma época com tanta fartura num pais com tantas possibilidades, sem guerra presente nem miséria, nem eminência de qualquer tipo de catástrofe. Existe muita flexibilidade, muita possibilidade adaptativa do homem ser flexível e, nesse sentido, com o passar dos anos, o ser humano mudou de comportamento sim, e se isso tem a ver com evolução, eu não sei, mas que é adaptativo, é.

C.V: Muitos Dizem “o ser humano é muito complicado”. Que complicação é essa que afeta os relacionamentos?

W.M.: Justamente a complicação entre o instinto e o valor moral. É uma questão edípica, podemos dizer, é um mau-estar da civilização moderna: você aceitar e valorizar convenções como a monogamia e, ao mesmo tempo, se ver diante da possibilidade de perder o instinto, a sexualidade e se ver embotado monótono. Nesse momento, pode surgir a anciá de passional de um contato físico, de um sentimento mais forte orgânico, quase de paixão. É um amadurecimento poder, ao mesmo tempo, que você faz a manutenção e aceita valores que escolheu viver, como a monogamia, não deixar morrer a chama da sexualidade, a juventude, as crenças e o prazer individual. Isso requer, sim, amadurecimento e, por isso, é tão complicado e afeta os relacionamentos .

C.V: No mundo estressante, o desequilíbrio emocional esta sempre presente. Há uma forma prática de viver em meio ao corre-corre do cotidiano e manter a serenidade?

W.M.: Sim. Há uma forma de se manter o equilíbrio. O que seria isso? Vamos diferenciar Equilíbrio de Serenidade, pois esta dá o cunho de calmaria, tranquilidade. Nem sempre isso será possível.É importante viver o agora; o futuro ainda não aconteceu, é uma concepção; o passado é uma história que a gente conta para explicar as nossas motivações. Logo, só temos o presente. É nele que se vive o doce e o amargo, o bom e o ruim. Então, Serenidade nem sempre vai ser o que você viverá no presente, mas estando disposto a viver o presente, viver na falta de serenidade, enfrentando um momento de turbulência, você viverá com mais tranquilidade e mais preparo. Outra dica: além de ser capaz de viver o agora, deve olhar para mais de um dos setores da sua vida adaptativa. Consideremos, segundo Simom Riade, quatro setores adaptativos que o indivíduo vivencia ao se inserir na sociedade: relações de afeto, vida produtiva, vida orgânica e vida social-cultural. As relações de afeto seriam essas famílias de origem, família de destino, namoro, amigos; as relações da vida produtiva são retorno financeiro, qualidade de vida profissional, crescimento, carreira, estudo, os subsetores da vida orgânica, a sexualidade, no sentido de estar bem, vivenciando sua sexualidade, saúde, somática, medicação, alimentação, esporte. Temos, também, no setor social-cultural, a religião, a politica, a cidadania, o civismo, os grupos e as agremiações que você participe, sexualidade, sim, agora no sentido de gênero e de vida sexual, e valores morais. Então, dentro de cada um dos setores, temos os seus subsetores. Observe cada aspecto de sua vida que você gostaria, ou seja, um desejo de dentro para fora e aquilo que você está vivenciando como se encontra sua vida naquele subsetor, isto é, de fora para dentro, e procure administrar aí, dos 100% um pouquinho para cada parte de sua vida para que você não fique ali ensarte de único ponto e perca seu equilíbrio. 

C.V: Jogos eletrônicos infantis que presam pela violência podem transformar as crianças em adultos agressivos, e os que estimulam a agilidade são de fato benéficos?

W.M.:Minha opinião sobre os jogos eletrônicos infantis é que não pode ser separada da criação dos pais que deram Playstation ou outro Video.

 

***Mais informaçãoes sobre o trabalho do psicólogo Wilson Montiel, visite a página www.wilsonpsicologo.com.br ou pelo email wilsonmontielpsicologo@gmail.com.

 

Fotos: Divulgação

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