Mote Combinado: três jovens talentos na música contemporânea

17 fevereiro 2013 |


Jovens que cantam por uma missão. Munícipes que preservam a cultura local através de ritmo e poesia. Em Rio Bonito, interior do Rio de Janeiro, jovens resguardam suas raízes e as revelam através da melodia. Assim, três amigos: Caio, Larissa e Rodrigo ganham espaço no cenário musical. Com o nome de “Mote Combinado”, esse pessoal gente boa e inteligente canta a vida, explora o cotidiano e alegra o coração do público contemporâneo com canções que conduzem à reflexão e prova que a juventude tem muito que dizer.


Acompanhe a entrevista que o músico Caio Rodrigues – integrante do "Mote" – deu exclusivamente para o CULTURA VIVA.


 CULTURA VIVA: Quando surgiu o grupo Mote Combinado e por que a escolha desse nome?
CAIO RODRIGUES: Surgiu quando estávamos pensando em um nome para a banda. O “Mote” é, por definição, um desafio em forma de versos que se propõe ao poeta que faz a “Glosa”, que é um tipo de poema feito no Nordeste do Brasil. Como não somos cantadores nordestinos, o nosso “Mote” são nossos temas e desafios vivos, nosso cotidiano, nossos motivos para fazer música. Como estes são conhecidos e comuns entre nós, são combinados antes de virarem poesia e música. Enfim, nossa ideia, além disso, foi dar uma conotação moderna a uma palavra antiga em nossa cultura.

C.V.:  Quem são os integrantes e quais suas funções no grupo?
C.R.: Eu, Caio Rodrigues, Guitarra/Violão; Rodrigo Stutz, Baixo; e Larissa Moraes, Voz.

C.V.:  O grupo tem um estilo musical específico ou toca de tudo um pouco?
C.R.: Não há estilo definido. Fazemos música livre porque somos ecléticos e nossas influências são diversas, logo não queremos nos rotular ou limitar nossas criações.

C.V.: As músicas que vocês tocam são de autoria própria? Quem são os compositores?
C.R.: Tocamos músicas de autoria própria. Os compositores são a Natureza e os Deuses da música, que nos trazem inspiração. Trabalhamos juntos fazendo tudo em harmonia e em função deles. Por enquanto, não ensaiamos nenhuma música de outro grupo, mas certamente está nos nossos planos dar novas versões a músicas de nossos artistas favoritos, que todos podem conferir quem são em nossa fanpage, no facebook.

C.V.: Que mensagem o grupo quer passar para os jovens e adolescentes?
C.R.: Não queremos passar mensagem, isso seria muita pretensão. O que queremos é provocar reflexões através do questionando. Procuramos abordar o comportamento (estranho) de nossa sociedade, permitindo nos enxergar a nós mesmos. Nossa linguagem é sarcástica e bem-humorada para estimular novas ideias, principalmente novas formas de pensar. Acreditamos, acima de tudo, que a arte, de forma geral, só tem um caminho, como disse o escritor alemão Ernst Fischer, em tradução livre: “Em uma sociedade decadente, se a arte é verdadeira, também deve refletir a decadência. E, a menos que queira faltar com sua função social, a arte deve mostrar o mundo como sendo possível de mudar. E ajudar a mudá-lo".

C.V.:  E, quanto a shows, já se apresentam em Rio Bonito e em outros municípios? Qual a principal meta para esse quesito “shows”?
C.R.: Ainda não fizemos apresentações, estamos em fase de ensaios e gravações. Tivemos alguns contratempos. Mas queremos tocar e cantar em qualquer lugar, como canários-do-reino.

C.V.:  Qual o pensamento do grupo sobre a área cultural em Rio Bonito?
C.R.: Estamos muito esperançosos em relação à nova Secretaria de Cultura e faremos questão de colaborar sempre. Somos todos daqui e queremos que nossa cidade se desenvolva em todas as áreas, não só economicamente, como tem sido.

C.V.:  Quais os contatos para shows?
C.R.: Nossos telefones de contato para shows são (21) 9902-8202 (Rodrigo), (21) 9896-2072 (Caio) e (21) 9733-8631 (Larissa).

Foto1: Divulgação
Foto2: Arquivo pessoal de Caio Rodrigues

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