Amanda Acosta: uma jovem que emociona o Brasil

26 fevereiro 2015 |


Uma voz que emociona o Brasil desde o tempo de sua infância, Amanda Acosta continua em alta. Com um timbre de voz ímpar, conquistou o público infantil quando fazia parte do grupo infantil Trem da Alegria, e ainda hoje comanda jovens e adolescentes com o programa “Inglês com Música” na TV Cultura. Mas esse sucesso vem bem antes desses marcos na mídia. “Comecei com quatro anos e meio participando do programa do Raul Gil. Cantei Ursinho Pimpão do Balão Mágico e comecei a chorar na segunda parte da música porque tinha esquecido a letra. Aí comecei a fazer comerciais, a participar de mais programas de calouros e fazer shows com "Amanda e as Netinhas", grupo que era formado por mim, minhas duas irmãs e minhas duas primas. Netinha vem do nosso sobrenome "Neto". Depois fiz parte do grupo Dó-Ré-Mi e em seguida entrei no Trem”, discorre Amanda.
Ontem a cantora e apresentadora conversou com o CULTURA VIVA. Acompanhe esse super bate papo:

CULTURA VIVA: Com quantos anos entrou para o Trem da Alegria, quanto tempo ficou e como foi a experiência?
AMANDA ACOSTA: Entrei com oito para nove anos. Fiquei cinco anos no grupo. A experiência não pode ser melhor. Era meu sonho entrar no grupo, cantar e dançar aquelas músicas. Eu me identificava totalmente com tudo o que eles faziam. Aprendi muito, conheci pessoas e profissionais incríveis, admiráveis! 

C.V.: A passagem pelo grupo foi um divisor de águas em sua vida?

A.A.: Não vejo como um divisor de águas, mas como um belo trampolim para um grande amadurecimento como artista. Via tudo como um processo natural. Era só alegria, pois eu estava ali, fazendo o que eu amava, conhecendo artistas que eu realmente admirava e interagindo com estas pessoas e com o publico. Esta troca é a essência do que fazemos, ou seja, tudo o que fazemos com entrega e envolvimento só acrescenta, só soma no nosso desenvolvimento como ser humano e como profissional (e um não está separado do outro, vale lembrar! ). Vivo o que faço, e não apenas estou no que faço.
C.V.: Como foi deixar o grupo? Ainda tem contato com os ex-integrantes? Como ficou o relacionamento de vocês?
A.A.: Foi um processo natural. Já estávamos com treze/quatorze anos e queríamos cantar outras historias, que tinham mais a ver com nosso momento, pré-adolescente. E também, já estava começando uma mudança no mercado fonográfico. Claro que, quando paramos de fazer shows todo final de semana e começamos a ficar distante do palco foi muito triste e um momento de redescoberta. O Juninho e o Rubinho são irmãos. Eu admiro demais esses caras! São grandes artistas! A Deda (Vanessa) é outra irmã amada, admirável. Pena que não vejo muito, pois ela está morando fora. O Lú vejo muito pouco, mas é um querido e um talento. Temos uma relação muito boa! Gravei uma musica do Ju; convidei o Rubinho para tocar e encantar no “Inglês com Música”... Estamos conectados... Sempre!
C.V.: Depois dessa experiência, que definição você daria para a expressão “sucesso profissional”?
A.A.: Fazer e estar trabalhando no que ama, e poder viver bem da sua profissão.
C.V.: Ter grandes responsabilidades desde criança formaram a Amanda de hoje?
A.A.: Não via como responsabilidades, via como diversão e prazer. Agradeço e muito aos meus pais que me conduziram bem nesta fase, e a todos os profissionais que trabalharam com a gente, pois a maioria tinha a conexão com o sagrado do que estávamos fazendo, respeito e cuidado com "as nossas crianças". Tudo o que vivi formaram a Amanda de hoje e tudo que estou vivendo formará a Amanda de amanhã. E assim é com todo mundo. Basta estar atento e conectado. 
C.V.: E o programa “Inglês com Música” na TV Cultura, como surgiu o convite?
A.A.: Já havia feito alguns trabalhos na Cultura, e num deles conheci o querido Alexandre Pavan. Ele me ligou um dia e fez o convite. Topei na hora! 


C.V.: Para o ano de 2015 o programa terá novidades?
A.A.: Infelizmente, não estamos gravando mais. Estão reprisado as temporadas. Mas a torcida para o retorno é imensa. Tenho verdadeira paixão por este programa.
C.V.: E a Amanda na música, tem novos planos?
A.A.: Sim, tenho planos sim. No momento estou no período de "gestação"... Daqui a pouco nasce!
C.V.: Agora, você está em cartaz no Teatro Masp, em São Paulo, com a peça “Caros Ouvintes”. Como avalia esse momento de sua vida?
A.A.: Realização e prazer. Gratidão por estar fazendo um espetáculo genuíno, que conta a nossa história, uma grande homenagem a radio novela e a todos os profissionais do radio; que foi tão bem escrita e dirigida pelo Otávio Martins, que reuniu um elenco e uma equipe de primeira grandeza. “Caros Ouvintes” e “Leonor Praxedes” são um grande presente! 
C.V.: De tudo o que já fez dentro das artes, o que mais te fascina?
A.A.: O que fascina é a catarse, é você transformar o estado ou até a vida de uma pessoa. Fazer as pessoas saírem do lugar comum, do padrão do cotidiano e, assim, abrir a mente e o coração para um despertar. Com isso, ter um novo olhar sobre alguma coisa já engessada, já preconcebida. E a nossa vida também é transformada, pois a arte faz a gente experimentar e explorar todo o real e o imaginário. Acho que todo artista é um alquimista.

Fotos: João Caldas




1 comentários:

Anônimo disse...

Sou idoso e fã da Amanda,assisto todos os dias,o programa na cultura,te amo Amanda