'Morte Acidental de Um Anarquista' reestreia no Teatro Folha

30 agosto 2016 |


Montagem com os atores Dan Stulbach e Henrique Stroeter faz sua primeira temporada aos finais de semana

A comédia “Morte Acidental de Um Anarquista”, que já foi apresentada em duas temporadas de sucesso em horário alternativo, volta ao palco agora aos finais de semana. A montagem do texto de Dario Fo, prêmio Nobel de Literatura em 1997 e um dos dramaturgos mais importantes da atualidade, será apresentada no Teatro Folha, de 30 de setembro a 18 de dezembro.

Um louco cuja doença é interpretar pessoas reais é detido por falsa identidade.  Na delegacia, se passa por um falso juiz na investigação do misterioso caso do anarquista. A polícia afirma que ele teria se jogado pela janela do quarto andar.  A imprensa e a população acreditam que foi jogado. O que teria acontecido realmente? O louco vai enganando um a um, assume várias identidades e, brincando com o que é ou não é real, desmonta o poder e acaba descobrindo a verdade de todos nós.

O autor Dario Fo partiu de um caso verídico, o “suicídio” de um anarquista em Milão em dezembro de 1969. Sua engenhosidade, sua capacidade de escrever diálogos cortantes, de criar tipos diversos dentro de uma mesma peça, representados por um mesmo ator, aliado a um profundo senso cômico, dão dimensão universal ao texto. É sua peça mais conhecida, montada no mundo inteiro. Recentemente em Londres, foi encenada com referências ao caso Jean Charles.

“É impressionante como Morte Acidental ainda é atual, 45 anos depois de escrita. É como se ele estivesse falando dos dias hoje, principalmente no Brasil. Em chave de farsa Dario Fo, nos brinda com um texto brilhante. O que fizemos foi tirar as referências que sófaziam sentido para os italianos e a realidade em que viviam nos anos setenta. A fábula, a história na nossa montagem está intacta. O próprio Fo a cada remontagem da peça fazia modificações.” diz Hugo Coelho, diretor da peça.

O personagem do Louco (Dan Stulbach) vê representar um juiz como ponto alto de sua "carreira", pois já se passou por médico cirurgião, psiquiatra, bispo e engenheiro naval, entre outros. Na delegacia, preso pelo Comissário (Marcelo Castro) encontra os responsáveis pela investigação, o Delegado (Henrique Stroeter) e o Secretário de Segurança (Riba Carlovich). Depois a imprensa aparece, através da Jornalista (Maira Chasseraux). Todos, menos o Louco, inspirados em personagens reais.

Henrique e Dan escolheram este texto para sua parceria cênica, motivados pela“diversão total e pela inteligência do Dario” como diz Dan e “pelo prazer de representar um clássico cômico popular e atual" como diz Henrique (que diz ter sido a montagem de Antônio Fagundes em 1985 a responsável pela sua escolha em ser ator. Dan não viu a montagem) ”é uma alegria total interpretar este personagem. um desafio diferente de tudo que já fiz”, diz Dan.

Baseado em fatos reais, a comédia mais famosa de Dario Fo, Prêmio Nobel de Literatura de 1997, diverte, esclarece, aprofunda e critica a vida e a nossa sociedade.

Dan Stulbach

É formado em Comunicação Social pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM). Sua estreia profissional foi protagonizando Peer Gynt, de Ibsen com direção de Roberto Lage em 1990.  Trabalhou com grandes nomes do teatro brasileiro como Paulo Autran com quem fez Visitando Mr Green de Jeff Baron, Marco Nanini e Naum Alves de Souza.  Entre as inúmeras peças destacam-se Novas Diretrizes em Tempos de Paz de Bosco Brasil espetáculo com o qual ganhou o prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Troféu Impressa e  Premio Shell de melhor ator. Recentemente atuou em Meu Deus! de Anat Gov junto com Irene Ravache e Direção de Elias Andreato, dirigiu A Toca do Coelho de David Lindsay-Abaire. Realizou e atuou junto com Danton Mello a peça 39 degraus de Patrick Barlow com direção de Alexandre Reinecke. É diretor artístico do Teatro Eva Hertz que se destaca pelo excelente nível cultural de sua programação abrigando montagens e artistas de relevância no cenário cultural de São Paulo. Na Televisão fez várias novelas de sucesso como Mulheres Apaixonadas de Manoel Carlos, trabalho que o projetou nacionalmente em 2003 ganhando os prêmios Troféu APCA e Troféu Imprensa de Melhor Ator. Trabalhou em Senhora do Destino e Fina Estampa de Aguinaldo Silva e, ainda, nas  minisséries Os Maias de Eça de Queiroz, Queridos Amigos e JK de Maria Adelaide Amaral entre outras. Fez um vilão cômico na série Som & Fúria com direção de Fernando Meirelles, todos trabalhos realizados para TV Globo. Ator e diretor de renome no Brasil é um dos mais importantes de sua geração.

Henrique Stroeter

Trabalha como ator há 30 anos. Tem formação acadêmica em jornalismo pela Faculdade Casper Líbero. Atualmente está no ar com o Quintal da Cultura produzido pela TV Cultura SP.
Em teatro fez: 39 degraus de Patrick Barlow com direção de Alexandre Reinecke; À meia noite um solo de sax na minha cabeça, texto e direção de Mário Bortolotto, e E o Vento Não Levou de De Ron Hutchinson direção de Roberto Lage. Com Grupo Parlapatões atuou e dirigiu o espetáculo Parapapá, circo musical infantil de Hugo Possolo (indicado como melhor diretor Prêmio Femsa 2010). Atuou em O Papa e a Bruxa de Dario Fo, e Vaca de Nariz Sutil de Campos de Carvalho adaptação e direção de Hugo Possolo (indicação melhor ator Prêmio Quem 2008), e no espetáculo As Nuvens de Aristófanes. Sob a direção de Alexandre Reinecke: O Santo e A Porca de Ariano Suassuna, Os Sete Gatinhos de Nelson Rodrigues e  Arsênico e Alfazema de Joseph Kesselring. Com o La Mínima, grupo de circo-teatro, fez Luna Park de Domingos Montagner. De Flávio de Souza atuou nas peças Filho de Artista, Chapeuzinho Adormecida no País das Maravilhas, Onde está o Nino? , Tíbio e Perôneo, e Natal Mágico do Castelo Rá Tim Bum. De Mário Bortolotto: Chapa Quente, Postcards de Atacama, Rolex, Fuck you Baby, Medusa de Rayban e Hotel Lancaster (indicação Melhor Ator Festival Americana 2004).
Na televisão participou de vários programas de sucesso na TV Cultura, entre eles: Rá Tim Bum, Ilha Rá Tim Bum, Castelo Rá Tim Bum (personagem Perônio) X-Tudo todos de Flávio de Souza na TV Bandeirantes fez a  novela Dance Dance Dance e  foi protagonista da Sitcom Guerra dos Pinto; na Rede Globo participou dos humorísticos: Os Normais, Retrato Falado e Copas de Mel.  No SBT fez a novela Carrossel.

Maíra Chasseraux

Formada pelo Teatro-Escola Célia Helena (2001) e bacharel em Comunicação e Artes do Corpo – PUC SP (2000 – 2005)
No teatro atuou nas peças: Um espetáculo sem patrocínio, autor e diretor Léo Lama; A meia hora de Abelardo, de Hugo Possolo, direção Henrique Stroeter; Romance de Vera de Sá, direção Márcia Abujamra; Brutal de Mário Bortolotto, direção Jairo Mattos; A frente fria que a chuva traz de Mário Bortolotto, direção Mário Bortolotto; Amor de improviso criação da Cia Elevador de Teatro Panorâmico, direção Marcelo Lazzarato; Os que têm hora marcada de Elias Canetti, direção Nelson Baskerville; A hora em que não sabíamos nada uns dos outros, de Peter Handke, direção Marcelo Lazzarato; A Ilha Desconhecida, de José Saramago, direção Marcelo Lazzarato; A Maratona Mundial de Dança, adaptação de Alexandre Matte, direção Marcelo Lazzarato; Uma peça por outra de Jean Tadieu, direção Marcelo Lazzarato.
Na TV fez participações em Lili, a ex, O negócio, Três Teresas e Retrato Falado.
No cinema trabalhou em O Palhaço, longa de Selton Melo; Augustas, longa de Francisco César Filho; A guerra de Arturo, curta de Júlio Taubkin; Onde andará Dulce Veiga?, longa de Guilherme de Almeida Prado.

Riba Carlovich

Encenou peças com o grupo Tapa: (de 1994 até 2003): Casa de Orates, de Arthur Azevedo; Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto; Rasto Atrás, de Jorge Andrade; Ivanov, de Anton Tchekov;Executivos, de Daniel Besse; Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues. Sob direção de Eduardo Tolentino de Araújo, encenou: Amor Por Anexins e O Oráculo, de Arthur Azevedo; Direção, Sandra Corveloni
Suas últimas peças foram: Álbum de Família, de Nelson Rodrigues, Direção: Alexandre Reinecke; O Prodígio do Mundo Ocidental, de John Singe, Direção: Ariela Goldman; O Estrangeiro, de Larry Shue, Direção: Alexandre Reinecke; Acorda Brasil, de Antonio Ermírio de Moraes, Direção: José Possi Neto; Toc Toc, de Laurent Bafie, Direção: Alexandre Reinecke; 12 Homens e Uma Sentença, de Reginald Rose, Direção: Eduardo Tolentino de Araújo; Anti Nelson Rodrigues, de Nelson Rodrigues, Direção: Eduardo Tolentino de Araújo; E na TV, seus últimos foram: Participação na novela Caminho da Índias, Rede Globo, de Glória Perez, Direção: Marcos Schetmann; Força Tarefa, Rede Globo, vários autores, Direção: José Alvarenga Junior

Sobre Hugo Coelho
Formado em filosofia é ator e diretor. Em 2015 completará 40 anos de profissão.  No teatro, recentemente, dirigiu (Selvagens) Homem de Olhos Tristes de Händl Klaus, as comédias Me Segura Senão eu Pulo de Luiz Carlos Cardoso e Hoje tem Mazzaropi de Mario Viana; Retratos de William Douglas Home, Os Jogadores, de Nikolai Gogol, a ópera Treemonisha de Scott Joplin, O Contrabaixo de Patrick Suskind, Meu Primo Walter de Pedro Haidar e Quem Casa quer Casa de Martins Penna. Foi assistente de direção na antológica montagem brasileira de Morte Acidental de um Anarquista de Dario Fó com direção de Antonio Abujamra e protagonizada por Antonio Fagundes. Na TV, dirigiu os programas Jornal do Estudante, Brasil Corpo e Alma e o Telecurso segundo grau na TV Globo, a novela Cortina de Vidro de Walcyr Carrasco no SBT e o programa de Entrevistas Terceiro Milênio na Rede Mulher e na Rede Vida.
Como ator atuou nos espetáculos Assim é (se lhe parece) de Luigi Pirandello direção de Marco Antonio Pâmio, O Terraço de Jean Claude Carrière com direção de Alexandre Reinecke, Motel Paradiso de Juca de Oliveira com direção de Roberto Lage e Machado de Assis esta Noite autoria e direção de José Antonio de Souza.  Na TV fez as novelas: Água na Boca na TV Bandeirantes e, no SBT, O Direito de Nascer, Cristal, Revelação e Amor e Revolução, além das séries Descolados na MTV e O Negócio na HBO.
É ganhador do premio Myriam Muniz com seu projeto de pesquisa Paixões Humanas, uma breve história do teatro ocidental.

Rodrigo Geribello

Formado em Administração de Empresas na FGV. Empreendedor e proprietário da Abre Aspas, empresa de explicação profissional. Acumula 30 anos de estudos em piano clássico e mais de 15 anos de experiência com música no teatro, compôs trilhas para publicidade e para peças de teatro.
Participou da peça “As Viúvas” com o Grupo Tapa fazendo música e sonoplastia ao vivo.
Músico e sonoplasta em espetáculos de improviso como Noite de Improviso (com Márcio Ballas) e Improvável (Barbixas).


FICHA TÉCNICA:

Texto: Dario Fo
Tradução: Roberta Barni
Dramaturgia e Direção: Hugo Coelho
Elenco: Dan Stulbach, Henrique Stroeter, Riba Carlovich, Maíra Chasseraux, Marcelo Castro e Rodrigo Bella Dona 
Música ao vivo: Rodrigo Geribello
Cenário: Marco Lima
Figurino: Fause Haten
Iluminação: Hugo Coelho
Assessoria de Imprensa: Daniela Bustos e Beth Gallo - Morente Forte
Assistente: Thais Peres
Projeto Gráfico: Vicka Suarez
Foto de Estúdio: Heloísa Bortz
Fotos de Cena: João Caldas Fº
Estagiário de Direção: Rafael De Bona
Administração: Magali Morente Lopes
Produção Executiva: Katia Placiano
Coordenação de Projetos: Egberto Simões
Realização: Quadrilha da Arte
Produtores Associados: Selma Morente, Célia Forte e Dan Stulbach


SERVIÇO – ”Morte Acidental de Um Anarquista”
Local: Teatro Folha
Estreia: 30 de setembro
Temporada: até 18 de dezembro
Apresentações: sexta-feira, 21h30; sábado, às 20h e 22h30; domingo, às 20h 
Ingresso: R$ 60,00 (setor 1) e  R$ 40,00 (setor 2) às sextas-feiras; R$ 70,00 (setor 1) e  R$ 50,00 (setor 2) aos sábados e domingos
Duração: 80 minutos
Classificação indicativa: 12 anos

*Valores referentes a ingressos inteiros. Meia-entrada disponível em todas as sessões e setores de acordo com a legislação.



TEATRO FOLHA

Shopping Pátio Higienópolis - Av. Higienópolis, 618 / Terraço / tel.: (11) 3823-2323 - Televendas: (11) / 3823 2423 / 3823 2737 / 3823 2323 Site: www.teatrofolha.com.br

Vendas por telefone e internet/ Capacidade: 305 lugares / Não aceita cheques / Aceita os cartões de crédito: todos da Mastercard, Redecard, Visa, Visa Electron e Amex / Estudantes e pessoas com 60 anos ou mais têm os descontos legais / Clube Folha 50% desconto / 50% de desconto para funcionários e clientes do Cartão Renner. Horário de funcionamento da bilheteria: de terça a quinta, das 15h às 21h; sexta, das 15h às 00h; sábado, das 12h às 00h; e domingo, das 12h às 19h / Acesso para cadeirantes / Ar-condicionado / Estacionamento do Shopping: R$ 14,00 (primeiras duas horas) / Venda de espetáculos para grupos e escolas: (11) 3104-4885 / 3113-3215 / 97628-4993 / Patrocínio do Teatro Folha: Folha de S.Paulo, CSN, Nova Chevrolet, Wickbold, Owens, Privalia, Teleperformance e Grupo Pro Security.

SOBRE A CONTEÚDO TEATRAL

O grupo empresarial paulista Conteúdo Teatral atua há mais de dez anos em duas vertentes: gestão de salas de espaços e produção de espetáculos. Como gestora é responsável pela operação do Teatro Folha, no Shopping Pátio Higienópolis, com direção artística de Isser Korik e direção comercial de Léo Steinbruch, programando espetáculos para temporada em regime de coprodução. No período de atuação a empresa soma mais de 2 milhões de espectadores.

Como produtora de espetáculos, viabilizou dezenas de peças, como “Gata Borralheira”, “O Grande Inimigo”, “Os Saltimbancos”, A Pequena Sereia”, Grandes Pequeninos”,  “Branca de Neve e os Sete Anões”, “A Cigarra e a Formiga”, “Cinderela” e “Chapeuzinho Vermelho” para as crianças. Para os adultos foram realizadas, entre outras montagens, “A Minha Primeira Vez”, “Os Sete Gatinhos”, “O Estrangeiro”, Senhoras e Senhores”, “O Dia que Raptaram o Papa”, “E o Vento Não Levou”, “Equus” a trilogia “Enquanto Isso...”, além de projetos de humor – como “Nunca Se Sábado...” e “IMPROVISORAMA” – Festival Nacional de Improvisação Teatral. Em parceria com Moeller e Botelho produziu os Musicais “Um Violinista no Telhado”, “Todos os Musicais de Chico Buarque em 90 Minutos”, “Nine – Um Musical Felliniano” e “Beatles num Céu de Diamantes”.


Foto: João Caldas

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